
betamaxers – lançado pelo selo peruano Chip Musik
em abril de 2017
betamaxers tem como moldura simbólica uma possível crítica a algumas práticas
musicológicas a partir da criação de um futuro fictício em que pesquisadorxs
investigam a música de hoje. a premissa é que se hoje se constroem certezas a
respeito da música do passado baseadas em dados imprecisos e parciais filtrados
por um processo que não é nada neutro, então as certezas construídas no futuro
sobre a música de hoje serão resultado de imprecisões acumuladas conduzindo a
incongruências absurdas. uma dupla de Musikéllogs, pesquisadorxs do futuro, tem
certeza que conseguiu compreender a música e a linguagem do brasil de hoje e
publicou uma tese de doutorado, o que no futuro terá o
tamanho de postagens de rede social, que consiste em
uma gravação e um texto que supõem ser recriação
historicamente informada sobre as pessoas e a música
do começo do século XXI (uma espécie de novela de
época). acreditam que neste período viviam os
Betamaxers, pessoas que habitavam casas tupperware,
se alimentavam de gengibre e ouviam música
eletrônica algorítmica e barulhenta o tempo todo. para
assinar o trabalho, adotam nomes típicos deste tempo
que escolhem a partir da sua pesquisa:
Edit Post & Save Draft.
https://chipmusik.bandcamp.com/album/edit-post-save-draft-chmr-cd-030
caos.
impertinência.
nomadismo disruptivo.
uma única faixa de 30 minutos criada a partir de
improvisações sobre sintetizadores e voz transformada,
depois combinados, estruturados e remontados.
apresenta três momentos que são algo distintos mas
não detem o fluxo dos processos. na esteira da
impermanência e das múltiplas vozes, não pretende
descanso
ou trégua.
https://mansardarecords.wordpress.com/2017/04/20/msrcd075-isabel-nogueira-meteoro-phoenix/
meteoro-phoenix – lançado pelo selo brasileiro Mansarda Records
em abril de 2017